Espaço expôs diferentes experiências e propostas de como se fazer jornalismo na cidade
A mesa contou com a presença de Erilene Firmino, Ethel de Paula, Ivan Batista e Ronaldo Salgado |
O professor Ronaldo Salgado abriu a mesa, comentando o
quanto é importante haver um olhar diferenciado em torno da cidade, principalmente
em relação às comunidades periféricas de Fortaleza, geralmente marginalizadas
pelos grandes jornais. “As coberturas devem tentar privilegiar histórias e
recortes biográficos da periferia”, comenta.
Para Erilene, jornalista e chefe de reportagem do caderno
Cidade do Diário do Nordeste, as experiências durante suas atividades em coberturas
de bairro fizeram-na enxergar outro lado do jornalismo. Ela conta que teve um
maior contato com a população das periferias de Fortaleza, conhecendo a verdadeira
realidade que as cercam.
A jornalista acredita ser fundamental que o jornalismo não
perca a essência humanista. “Esse humano é o diferencial. O que difere uma
pauta do caderno Cidade para outras editorias é que nós trazemos e evidenciamos
o aspecto humano da cobertura”, explica.
Ethel de Paula, integrante do Núcleo Gestor da Secretaria de
Cultura de Fortaleza (Secultfor) e jornalista da revista Farol, diz que
o jornalismo não deve se prender somente à técnica. Segundo ela, é possível
fazer jornalismo com teor humanizado e ir além do acontecimento. “Por trás do
fato, tem a historia de vida, as singularidades, as memórias e os valores de
cada pessoa envolvida e toda uma diversidade de pensamento”, comenta.
Jornalismo
Comunitário
Rompendo com os paradigmas da grande mídia, a WebTv Unlaw (Televisão
da União dos Moradores de Luta do Álvaro Weyne) faz da própria comunidade a
fonte de comunicação. O líder
comunitário Ivan Batista comentou que a iniciativa surgiu com a necessidade que
a comunidade tinha de se informar sobre o bairro.
Assim, na internet, a associação encontrou o meio ideal para
difundir as informações. “Os meios de comunicação esquecem o que o bairro tem
de bom e transformam a imagem dele em ponto negativo”, conta.
David Medina,
aluno do 3º semestre de Jornalismo da UFC
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