Espaço expôs diferentes experiências e propostas de como se fazer jornalismo na cidade

A mesa contou com a presença de Erilene Firmino, Ethel de Paula, Ivan Batista e Ronaldo Salgado
A mesa de debates da noite desta terça-feira (30), no Auditório Rachel de Queiroz (Centro de Humanidades II), contou com presença de Erilene Firmino, Ethel de Paula e Ivan Batista, com a mediação do professor Ronaldo Salgado, onde foram expostas diferentes experiências e propostas de como se fazer jornalismo na cidade.

O professor Ronaldo Salgado abriu a mesa, comentando o quanto é importante haver um olhar diferenciado em torno da cidade, principalmente em relação às comunidades periféricas de Fortaleza, geralmente marginalizadas pelos grandes jornais. “As coberturas devem tentar privilegiar histórias e recortes biográficos da periferia”, comenta.

Para Erilene, jornalista e chefe de reportagem do caderno Cidade do Diário do Nordeste, as experiências durante suas atividades em coberturas de bairro fizeram-na enxergar outro lado do jornalismo. Ela conta que teve um maior contato com a população das periferias de Fortaleza, conhecendo a verdadeira realidade que as cercam.

A jornalista acredita ser fundamental que o jornalismo não perca a essência humanista. “Esse humano é o diferencial. O que difere uma pauta do caderno Cidade para outras editorias é que nós trazemos e evidenciamos o aspecto humano da cobertura”, explica.

Ethel de Paula, integrante do Núcleo Gestor da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor) e jornalista da revista Farol, diz que o jornalismo não deve se prender somente à técnica. Segundo ela, é possível fazer jornalismo com teor humanizado e ir além do acontecimento. “Por trás do fato, tem a historia de vida, as singularidades, as memórias e os valores de cada pessoa envolvida e toda uma diversidade de pensamento”, comenta.

Jornalismo Comunitário

Rompendo com os paradigmas da grande mídia, a WebTv Unlaw (Televisão da União dos Moradores de Luta do Álvaro Weyne) faz da própria comunidade a fonte de comunicação.  O líder comunitário Ivan Batista comentou que a iniciativa surgiu com a necessidade que a comunidade tinha de se informar sobre o bairro.

Assim, na internet, a associação encontrou o meio ideal para difundir as informações. “Os meios de comunicação esquecem o que o bairro tem de bom e transformam a imagem dele em ponto negativo”, conta.

David Medina,
aluno do 3º semestre de Jornalismo da UFC

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