GDs


Comunicação, política e escândalos midiáticos

Camila Mont'Alverne Barreto de Paula Pessoa, Alissa Cendi Vale de Carvalho, Fernando Wisse Oliveira Silva e Francisco Paulo Jamil Almeida Marques

Segunda-feira, 29 de outubro, sala de Audiovisual A
14h às 16h

O jornalismo é fundamental na consolidação da imagem pública de atores políticos, e as instituições e sujeitos que disputam os espaços públicos são passíveis de julgamento e de formação de opiniões sobre eles. Mediado pela comunicação de massa, esse conjunto de informações e opiniões sobre determinado sujeito – a imagem pública – foge do controle direto de quem ele se refere. Essa perda de controle ocorre, principalmente, quando o agente político está envolvido em escândalos midiáticos.

O objetivo do grupo de discussão é questionar como o jornalismo se posiciona quando uma de suas fontes frequentes é o centro de um escândalo. Há substituição da fonte? Em que medida a forma da exposição do agente que antes atuava como fonte muda? As declarações da fonte ainda são aceitas e em que grau? Por ser a imagem pública um processo constante de construção e estar sempre mediada pela comunicação, a ideia é perceber como o jornalismo é capaz de alterar a visão que se tem de atores políticos.

Outros exemplos da influência de escândalos midiáticos na imagem pública de atores políticos também serão comentados, mas, como ponto de partida, será analisada a mudança na imagem pública do ex-senador Demóstenes Torres nas matérias do portal Folha.com. Demóstenes, até o início das denúncias de envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira, era uma figura respeitada no Congresso Nacional, costumando ter credibilidade nos meios de comunicação. Por isso mesmo, é interessante observar como se dá o processo de mudança da sua imagem pública, e como o jornalismo se comporta com a “perda” de uma fonte até então confiável.

Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável na Cidade

Marco Antônio Shoiti Leonel Fukuda, Grupo de Estudos em Jornalismo e Meio Ambiente - Programa de Educação Tutorial do Curso de Comunicação Social da UFC (PETCom/UFC)

Segunda-feira, 29 de outubro, sala de Audiovisual B
14h às 16h

O Grupo de Estudos em Jornalismo e Meio Ambiente do Programa de Educação Tutorial do curso de Comunicação Social da UFC (PETCom/UFC) apresenta a proposta de grupo de discussão “Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável na Cidade” para a programação da SeCom 2012. O grupo de discussão se justifica na necessidade urgente de debater esses temas frente à crise ecológica mundial, ao aquecimento global e à urbanização desenfreada, para refletirmos como estão sendo implementadas as políticas públicas de planejamento urbano e de promoção da qualidade de vida. O GD apresentará inicialmente o documentário “Entre Rios - a urbanização de São Paulo” (2009), produção do Senac-SP, que trata sobre a história de São Paulo a partir das margens dos rios Tamanduateí e Anhangabaú, que possibilitaram o povoamento da região pelos jesuítas no século XVI. Do período colonial até o século XXI, as capitais brasileiras canalizaram os seus rios fundadores, que a princípio fomentaram o crescimento delas, para posteriormente serem tratados como “obstáculos ao progresso”. Após o documentário, o GD iniciará um debate sobre urbanismo, meio ambiente e de como a comunicação pode exercer um papel importante divulgando boas práticas de desenvolvimento sustentável, conscientizando a população para a agenda ambiental. O debate agora proposto é decisivo para uma formação cidadã dos futuros comunicadores que estão nos bancos universitários, para poderem em alguns anos influenciarem positivamente a sociedade nas suas práticas profissionais.

Mídia e Suicídio

Vitor Hugo Duarte Silva, Daniele Rabelo Batista Castro

Segunda-feira, 29 de outubro, sala de Audiovisual D
14h às 16h

"A mídia desempenha um papel significativo na sociedade atual, ao proporcionar uma ampla gama de informações, através dos mais variados recursos. Influencia fortemente as atitudes, crenças e comportamentos da comunidade e ocupa um lugar central nas práticas políticas, econômicas e sociais. Deste modo, alguns temas que são, por si, mais difíceis de abordar na sociedade exigem um manejo mais criterioso por parte dos profissionais da mídia: um deles é o comportamento suicida.

Este grupo de discussão tem como objetivo trazer à tona as questões que permeiam a atuação do profissional de Comunicação em relação ao comportamento suicida, começando por suas características gerais referentes aos âmbitos globais, nacionais e municipais. A partir disto, visa explorar as possíveis maneiras de exercer um papel ativo e responsável na abordagem do tema, favorecendo fatores como prevenção do suicídio e o esclarecimento da população.

Ementa:
Aspectos gerais sobre o suicídio; Relato histórico do suicídio; Suicídio como produto cultural; O efeito Werther; Mitos e verdades acerca do suicídio; Como noticiar o suicídio?

Referências sugeridas:
ABP. Comportamento suicida: conhecer para prevenir. 1ªed. Rio de Janeiro, 2009.
Debord, G. A sociedade do espetáculo. Edições antipáticas: Lisboa. 2005.
Gould, M. Suicide and the media. In: Annals of the New York Academy of Sciences, v. 932, n.1. 2006.
OMS. Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da mídia. Genebra, 2000."

Copa do Mundo no Brasil (Refletindo sobre 1950 e Entendendo 2014)

João Ciro Saraiva de Oliveira Neto, Silvia Belmino

Terça-feira, 30 de outubro, sala de Audiovisual A
9h às 13h

É importante entender como é a relação Comunicação e Copa do Mundo no Brasil. Assim, também podemos analisar as principais diferenças relacionadas aos aspectos em discussão no que tange ao evento que ocorreu em 1950 e o que irá ocorrer 64 anos depois, em 2014.

Entender o funcionamento do evento e o impacto que ele terá antes, durante e depois de sua ocorrência auxiliará a traçar um panorama da relação Comunicação e Copa do Mundo no Brasil.
A ideia é debater acerca da realização da Copa do Mundo no Brasil. Abrangendo, portanto, a edição de 1950 e a próxima que irá ocorrer em 2014.

Dentro do Grupo, devemos procurar compreender melhor diversos aspectos relacionados à ocorrência de um dos maiores eventos de mobilização mundial (atrás apenas das Olimpíadas) em nosso país. Dentre os temas, podemos destacar influências políticas, econômicas, urbanísticas e sociais, por exemplo.

Grupo Vilém Flusser

Gabriela Frota Reinaldo, Osmar Gonçalves dos Reis Filho, Anna de Carvalho Cavalcanti, Bruno Lima Xavier, Darwin Marinho de Assis, Érico Oliveira de Araújo Lima, Edmilson Forte Miranda Júnior, Guilherme Pereira e Silva, Gustavo de Paula Mineiro, Isabelle Freire de Morais, Larissa Souza Vasconcelos, Leila Maria Lopes Terceiro, Mariana Fontenele Braga, Wendel Alves de Medeiros

Terça-feira, 30 de outubro, sala de Audiovisual D
11h às 13h

O grupo de estudos Vilém Flusser faz parte das atividades do Licca (Laboratório de investigação em Corpo, Comunicação e Arte) e nasceu com o objetivo de estudar aspectos do pensamento e da obra do pensador de origem tcheca Vilém Flusser. Ele nasceu em Praga, em 1920, e veio para o Brasil em 1941, fugindo com sua futura esposa e seus sogros do avanço das tropas de Hitler em Praga, que dizimou toda a sua família. Condição de exilado, que se reflete também no plano filosófico por toda a sua obra. Flusser fazia questão de afirmar que não tinha terra natal, apesar de sempre usar o passaporte brasileiro. Suas temáticas vão da teoria da linguagem verbal aos gestos humanos, passando por preocupações com o futuro da escrita e das comunicações. Mas é como teórico da mídia que ficou conhecido em todo o mundo, principalmente por suas teorias sobre a pós-História e as imagens técnicas. Em diversos pontos do seu estudo, Flusser é considerado um visionário. Ainda na década de 1990, o filósofo parecia antever muitas teorias que hoje são estudadas sobre a comunicação, a imagem e a escrita. Ainda que autodidata, Flusser se fez reconhecer no meio intelectual da época, em São Paulo, onde morou no Brasil. Na década de 1970, inconformado com o período ditatorial, Flusser retorna à Europa, onde sua obra ganhou maior divulgação.

Mídia, política e cultura

Fernando Moreira Falcão Neto, Márcia Vidal, Catarina Oliveira, Érico Oliveira, Camila Chaves, Emerson Cunha, Márcia Ximenes, Isabelle Azevedo, Janaína Holanda, Caio Mota, Renata Sousa, Thiago Rodrigues

Terça-feira, 30 de outubro, sala de Audiovisual B
9h às 11h

O Grupo de discussão “Mídia, Política e Cultura” apresentará o grupo de pesquisa homônimo, formado por docentes e estudantes da graduação e pós em comunicação da UFC. O grupo foi criado com o intuito de aprofundar a análise das relações entre mídia, política e cultura, levando em conta a influência da mídia e das novas tecnologias sobre as práticas políticas e culturais.

Como objeto de discussão o grupo foca nas relações de poder e nas formas de associações públicas. Compreendendo como mídia os mais diversificados meios de comunicação, a discussão se estabelece de forma ampla, não se prendendo a questões específicas, mas expandindo-se a amplidão própria aos conceitos que intitulam o grupo. Formas de abordagens metodológicas e mecanismos para construção da pesquisa em comunicação também são objetos de discussão do grupo de pesquisa. Para isso o grupo se constitui de forma interdisciplinar, articulando a comunicação com os mais variados campos das ciências humanas.

No espaço proposto para a Semana de Comunicação, pretendemos estabelecer uma discussão sobre a questão das relações comunitárias em torno de associações de bairros. Partindo das experiências apresentadas construiremos um debate em torno dos conceitos de política, poder e comunidade. Assim, o Grupo de discussão “Mídia, Política e Cultura” se constituirá de dois momentos. Inicialmente serão apresentados os casos de associações comunitárias estudados pelo grupo de pesquisa, em seguida se constituirá um debate em cima dos exemplos e questões expostas.

Diversidade Sexual e Identidade de Gênero na Mídia

Gabriela Alencar Sousa
O GD é proposto pelos membros do "Expressão: Grupo de Discussão em Diversidade Sexual, Identidade de Gênero e Comunicação" (Roberta Souza, Fernando Falcão, Camila Lima, Cláudio Lucas, Danielle Mello, Emerson Cunha, Iure Góes)

Terça-feira, 30 de outubro, sala de Audiovisual B
14h às 16h

A proposta do GD "Diversidade Sexual e Identidade de Gênero na Mídia" consiste na apresentação das discussões em torno da representação social da sexualidade no setor midiático. Temos por objetivo relacionar as questões de orientação sexual e identidade de gênero à construção e à desconstrução de estereótipos pelos meios de comunicação.

A ideia é fruto do Grupo de Estudos Expressão, Grupo de Discussão sobre Diversidade Sexual, Identidade de Gênero e Comunicação, que teve início em março de 2012 e que, quinzenalmente, se reúne com estudantes de graduação e pós-graduação para fomentar a discussão desse tema, através de cineclubes e debates de textos acadêmicos.

Compreendemos que estabelecer esse diálogo é fundamental para a qualidade de formação do profissional da Comunicação. Enxergamos o profissional da área com importante função social, tendo como próprio à execução de sua função trabalhista, conhecer os estigmas estabelecidos através da construção social vigente. Acaba sendo necessário que os profissionais que tratarão de questões que envolvem grupos estigmatizados e marginalizados saibam como lidar com tais situações de forma que não contribuam para a manutenção de estereótipos discriminatórios, mas que possam exercitar sua profissão de forma que colaborem para a desconstrução de preconceitos cristalizados socialmente.

O GD se constituirá, portanto, em dois momentos. Inicialmente, serão apresentados vídeos de programas de auditório, jornais televisivos e propagandas publicitárias que trabalharam em cima desses questionamentos. Em seguida, o debate terá início, possibilitando aos participantes a expressão dos diferentes pontos de vista acerca do material apresentado.

Adaptação fílmica e Tradução intersemiótica

João Victor de Sousa Cavalcante
Isadora Meneses Rodrigues

Terça-feira, 30 de outubro, sala de Audiovisual A
14h às 18h

A produção de filmes baseados em obras literárias sempre foi uma constante na história do cinema, desde seu surgimento no final do século XIX até os dias atuais. Durante muito tempo, essas adaptações se centravam nos clássicos literários como Flaubert, Shakespeare, Tólstoi, Dostoievski, entre outros. Com o passar das décadas, o meio audiovisual se apropria também de obras consideradas menores, ou de menor prestígio. As adaptações das chamadas pulp ficcion, narrativas policiais de cunho underground, por exemplo, foram levadas à tela por Alfred Hitchcock, nos anos 1950 e 60. Atualmente, podemos perceber que um expressivo número de filmes produzidos tem relação, em maior ou menor grau, com obras de literárias. Desse modo, o grupo de discussão pretende abordar a evolução dos estudos das adaptações fílmicas, desde o período não teórico, passando pelos estudos de tradução, traçando um panorama conceitual que chega aos recentes estudos na área. O intuito é debater conceitos como fidelidade, literalidade, bem como as noções de intertextualidade e diálogos entre diferentes formas de arte e linguagem. Para tanto, referenciamos nossa discussão nos estudos de tradução e tradução entre signos (Roman Jakobson, Julio Plaza, Walter Benjamin, Umberto Eco) e de cinema e adaptação (Andre Bazin, Robert Stam). Para um melhor desenvolvimento do grupo de discussão, os facilitadores apresentarão trechos de livros e seus correspondentes fílmicos para serem discutidos com base na teoria apresentada.

Investigações em Corpo, Comunicação e Arte

Edmilson Forte Miranda Júnior, Emerson da Cunha de Sousa, Érico Oliveira de Araújo Lima, Leila Maria Lopes Terceiro, Wendel Alves de Medeiros, Larissa Souza Vasconcelos, Mariana Fontenele Braga

Terça-feira, 30 de outubro, Laboratório de Informática
16h às 18h

O Laboratório de Investigação em Corpo, Comunicação e Arte (LICCA) é um grupo de estudo, pesquisa e produção (teórica e prática) em três eixos de interesse: corpo, comunicação e arte. A partir do aporte téorico-metodológico das teorias da comunicação, das teorias do signo, das teorias da arte, das teorias da oralidade, numa perspectiva multidisciplinar, e da realização artística em seus mais diversos suportes, modalidades, meios (teatro, dança, performance, happening, intervenção, instalação, web art, game, cinema, vídeo, etc), o LICCA se propõe como lugar de investigação das linguagens do corpo, em suas manifestações tradicionais ou recentes, e suas possibilidades comunicativas e estéticas, em especial após o surgimento, pluralização e afirmação das tecnologias de comunicação/informação na contemporaneidade.

90 anos do Rádio no Brasil

Marco Antônio Shoiti Leonel Fukuda, Grupo de Estudos em Rádio (GERA) do Programa de Educação Tutorial do Curso de Comunicação Social da UFC (PETCOM/UFC)

Quarta-feira, 31 de outubro, sala de Audiovisual B
9h às 11h

O Grupo de Discussão sobre os 90 anos do Rádio no Brasil se integra à programação da SeCom 2012 para trazer à tona a relevância da contribuição do rádio como veículo de comunicação na história, na cultura e na sociedade brasileira. A primeira transmissão radiofônica oficial no País foi a do discurso do presidente Epitácio Pessoa, em 7 de setembro de 1922, no Rio de Janeiro, durante as comemorações do Centenário da Independência. Noventa anos depois, em setembro deste ano, o Grupo de Pesquisa em Rádio e Mídia Sonora da Intercom lançou o Portal do Rádio (www.portaldoradio-intercom.ufba.br) para celebrar esse acontecimento durante o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom Nacional) realizado em Fortaleza. O Grupo de Estudos em Rádio (GERA), projeto do Programa de Educação Tutorial do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará (PETCom/UFC), sintonizado nessa frequência, apresenta essa proposta de GD na SeCom 2012 com o objetivo de fazer um balanço histórico da presença do rádio no Brasil, tendo em vista as atualizações e os desafios das mídias sonoras na contemporaneidade. Ao longo de quase um século, o rádio permanece como um fiel companheiro, presente na cidade e no campo, como um veículo que presta serviços à comunidade, que também irradia para além da pesquisa, realizando extensão universitária. Como convidados confirmados estão o professor Nonato Lima, jornalista, professor do curso de Comunicação Social da UFC e diretor da Rádio Universitária FM; e Marco Leonel Fukuda, músico, bolsista do PETCom e facilitador do GERA.

Juventudes e Redes Sociais - usos e intervenções

Elias Bruno, Jeanne Gomes e Jéssica Barbosa dos Santos, bolsistas do Grupo da Relação Infância, Juventude e Mídia (GRIM)

Quarta-feira, 31 de outubro, sala de Audiovisual C
14h às 16h

O GT tem como objetivo a discussão sobre o consumo de mídias sociais pelos jovens, além de traçar um panorama do cenário atual desse público no ambiente digital e dialogar com a pesquisa em nível nacional a qual o Grim começou a participar nesse semestre: “Internet e Jovens em Tempos de Convergência”.

Com a pesquisa “In(ter)venções Audio-visuais das Juventudes em Fortaleza e Porto Alegre”, que tem como perspectiva cartografar como jovens (e seus coletivos) experimentam o poder de intervir e inventar criando, produzindo e fazendo circular expressões artísticas, políticas e comunicacionais, propõe-se conversar sobre como as redes sociais, especialmente, o Youtube vem interferindo nos modos de pensar, conhecer e produzir cultura, uma vez que se apresenta como espaço de difusão de filmes, fatos, músicas, pessoas, pontos de vista etc. que não teriam espaços para exibição, devido ao padrão da mídia tradicional.

A metodologia será baseada em análises de casos de fenômenos virtuais mobilizados por jovens. As questões serão levantadas a partir da leitura dos estudiosos sobre o tema. Também serão utilizados materiais multimídias e acesso às redes sociais para realizar um diálogo em tempo real com a página do Grim no Facebook.

Mulher e Mídia

Gabriela Alencar Sousa, Amanda Alboino, Beatriz Ribeiro, Danielle Melo

Quarta-feira, 31 de outubro, sala de Audiovisual B
14h às 18h

Há 80 anos, mulheres brasileiras deram o primeiro grito para exigir seus direitos como cidadãs e conquistaram o direito ao voto. Na década de 1960, 20 anos depois, ocorre o que estudiosos classificam como “segunda onda” do feminismo, momento em que as discussões permeiam a discriminação cultural das mulheres na sociedade, a pílula anticoncepcional surge e, com ela, a chamada “revolução sexual”. Na década de 1990, a terceira fase busca superar falhas da anterior. As discussões, desta vez, são relativas às questões culturais, sociais e de cor, em especial a participação da mulher negra na sociedade. Após tantas conquistas, o papel do feminismo ainda é relevante na nossa sociedade?

Em abril de 2011, um policial canadense, ao fazer uma palestra sobre violência, afirmou que as mulheres evitariam estupros se não se vestissem como vadias, vagabundas (sluts). Ele classificou mulheres pela aparência: as roupas “certas” evitariam violência, enquanto as “erradas” tornariam a vítima culpada pelo estupro. A partir desse momento, começam a surgir, em vários cantos do mundo, protestos em relação ao poder de escolha da mulher, desde suas vestimentas até a continuidade de uma gravidez.

A proposta do GD Mulher e Mídia objetiva despertar questões referentes a uma Comunicação que acaba contribuindo para a reprodução do machismo. Refletiremos sobre o papel de publicitários e jornalistas na construção de preconceitos e estereótipos relacionados à representação da Mulher na Mídia. Questionaremos, nesse espaço, como a publicidade retrata as mulheres, trazendo exemplos em vídeo. No que concerne ao Jornalismo, discutiremos os enquadramentos, as abordagens da mídia em entrevistas, revistas femininas, e reportagens.

Discutiremos temáticas como a objetificação do corpo feminino, a naturalização da violência sexual contra a mulher e explanaremos conceitos comuns que permeiam a discussão, como sexismo, femismo, misoginia, feminismo e machismo. Preferimos que o GD seja colocado na quarta, a partir das 14h.

Comunicação de Direitos e Direito à Comunicação: as experiências do Palavras de Liberdade e do Ver pra Crer (Liga Experimental de Comunicação)

João Carlos Bento Filho, Aimêe Andrade, Grazielle Barros, Lucas Abreu, Rômulo Costa, Marcelo Sena, Jéssica Maria, Jéssica de Oliveira, João Ernesto, Clara Bastos, Eduardo Oliveira, Giulianne Cidade, José Crescêncio, Ana Maria Rodrigues, Analu Morais, Mariana Freire, Iane Parente, Gleydson Moreira, Iure Góes, Larissa Nunes, Fernando Girão, Cecília Oliveira, Emanuela Matias, Bruno Bacs, William Santos, David Medina, Roberta Souza, Luana Barros, Bárbara George, Ágda Sarah Sombra, Marina Mota, Ranniery Melo, Bárbara Rocha, Ana Lídia Coutinho, Karine Felipe, Cecília Oliveira, Pedro Savir, Luiza Figueredo, Camila Lima, Davi Macedo, Raiana Carvalho, Anne Louize Pontes, Nathanael Filgueiras, Amanda Matos, Leandro Marcos

Quarta-feira, 31 de outubro, sala de Audiovisual C
16h às 18h

A efetivação dos Direitos Humanos tem sido a tônica dos trabalhos realizados pela Liga Experimental de Comunicação, agência dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Federal do Ceará. Ao longo de 2011, a Liga desenvolveu o projeto Palavras de Liberdade, que consistiu na promoção de discussões em torno das interfaces possíveis entre a Comunicação e os direitos ligados à Juventude, à Diversidade Sexual, à Educação Sócio-ambiental, à Inclusão Digital e à Violência Urbana. A proposta era desenvolver produtos jornalísticos, publicitários e audiovisuais que pautassem as questões levantadas; realizar debates com diferentes setores da sociedade; e produzir rádiodocumentários a serem veiculados em todo o país.

Dando continuidade a este processo, em 2012 a agência inicia o Ver pra Crer, expandindo os eixos e possibilidades de atuação no trabalho com direitos humanos. As atividades se diversificam e se direcionam a públicos distintos: são quadrinhos voltados para estudantes do ensino fundamental de escolas públicas; programetes de rádio sobre infância; jornais impressos e blog ligado a grupos LGBT; monitoramento de mídia sobre crianças, adolescentes e idosos; produção científica e audiovisual sobre a acessibilidade na UFC; e desenvolvimento de campanhas publicitárias abordando aspectos mais amplos dos Direitos Humanos.

O objetivo do GD é discutir as experiências acumuladas pela Liga Experimental e seus integrantes – todos estudantes – ao longo dos dois anos com atividades voltadas diretamente para a promoção dos Direitos Humanos. O debate irá explorar conceituações e práticas, buscando compreender os aspectos relacionados à Comunicação de Direitos e do Direito à Comunicação.














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