Grupo debateu diversas temáticas relacionadas ao planejamento urbano das grandes metrópoles
No GD, houve a exibição do documentário Entre Rios, dirigido por Caio Silva Ferraz que expõe a história da construção da cidade de São Paulo que, fundada entre dois rios, hoje, polui e cresce desenfreadamente sem se preocupar com a natureza. O desenho urbanístico da cidade de São Paulo sufoca a paisagem natural, segundo o documentário.
A partir de então, os participantes do grupo debateram diversas temáticas relacionadas ao planejamento urbano das grandes metrópoles, discutindo sobre que espaço se quer viver e sobre o que se deve valorizar para se ter qualidade de vida. Energia, água, transporte público, habitação, poluição, reciclagem e arborização foram eixos temáticos pontuados durante a discussão.
Sobre o grupo de discussão, o facilitador Fukuda, avaliou: “O GD é um espaço que depende do retorno do público. Fico feliz por o pessoal prestigiar essa atividade que promove uma conexão entre a comunicação e a cidade. Este é um evento rico que vai além da sala de aula. Traz temática interdisciplinar. É preciso ampliar a contribuição das outras áreas para a comunicação se enriquecer”. O encontro tratou ainda sobre o papel do comunicador nesse contexto ambiental.
Marco salientou ainda a necessidade de se pensar no biocentrismo, ao invés do antropocentrismo. Para ele, é imperativo dar o centro à vida. A natureza não pode ser uma barreira e o ser humano deve conviver com fenômenos geográficos, topográficos: isso geraria uma renovação cultural.
Segundo os participantes do GD, a educação pode ser força transformadora da sociedade. Messias Borges, estudante do 1º semestre do curso de Jornalismo considerou que discutir sobre desenvolvimento sustentável é válido no jornalismo, já que este tem uma importante função social. “Jornalismo tem uma filosofia de informar, mas deveria relatar, mostrar as causas dos fatos. Por isso, é importante discutir na faculdade para que, no futuro, novos profissionais tenham consciência de quanto têm voz na sociedade. Assim, eles deveriam mudar a realidade do jornalismo ambiental. Tornar mais presente nas páginas de jornais, dar destaque”, disse.
Ingrid Rodrigues, estudante do 1º semestre do curso de Jornalismo acredita que é importante alertar o comunicador a ter consciência de não só informar, mas também contribuir para uma melhoria ambiental. “Acho que é importante não só para o comunicador, mas para todas as pessoas, para todos os profissionais”, afirmou.
O GD provocou os participantes a pensarem sobre a responsabilidade a respeito do ambiente em que se vive, questionando que cidade se quer para o futuro e observando o quão desafiador é pensar nas multidões que vivem nessas cidades. Marco Fukuda constatou que os GD’s são ações que suprem lacunas do curso de graduação, alimentando o pensamento crítico e fomentando soluções. “A gente precisa conscientizar o povo, não se pode mais ignorar a temática ambiental, a desertificação, a ação do homem predatória e imediatista. O tema da semana permite tantas discussões e o GD foi uma via. O profissional de jornalismo tem uma responsabilidade grande, tem expressão de alcance massivo”. Nesse GD, perguntas foram geradas e sementes lançadas à germinação dos comunicadores em formação.
Saiba mais sobre o Documentário:
www.asmargensdoprogresso.wordpress.com
Rebeka Lúcio,
aluna do 3° semestre do curso de Jornalismo da UFC
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