"Marketing de Guerrilha" invade o espaço urbano

Desde a década de 70, o marketing intervencionista aparece como proposta alternativa de publicidade

Publicidade de guerrilha como proposta de intervenção
Comunicar de uma maneira diferenciada e captar a atenção do público de forma eficiente e impactante não é uma tarefa fácil. Por isso, algumas empresas remodelaram suas estratégias de marketing em busca de maior visibilidade e melhor posicionamento de mercado. 

Uma das táticas utilizadas é a intervenção urbana, também chamada de “marketing de guerrilha”, termo criado pelo norte-americano Jay Conrad Levinson na década de 70, quando a publicidade causava desconfiança no consumidor em relação à oferta de produtos. Para ele, o marketing de guerrilha seria um método diferente por se utilizar de meios e ações inusitadas a fim de alcançar o resultado almejado.

Avanço tecnológio e "bombaredeio" midiático

Desde as últimas décadas, a população tem sido bombardeada de propagandas por todos os lados. Com a evolução da tecnologia, as mídias se multiplicaram de tal maneira que é praticamente impossível uma pessoa passar um dia sem receber alguma influência publicitária, mesmo que, às vezes, não tenha a plena consciência. 

Depois, também, da grande demanda de revistas e jornais, era preciso criar uma nova mídia que trouxesse formas inovadoras de se comunicar. A função do marketing de guerrilha é a de fazer a propaganda se destacar de uma forma inusitada em uma mídia não convencional para não passar despercebida. Geralmente, essas propagandas são feitas nas ruas, com baixo custo econômico e alto poder de atração e impacto.

Menor custo com maiores resultados

Muitas empresas têm optado pelo marketing de guerrilha para fazer a publicidade da sua marca porque, além de ter um custo menor, é o que tem gerado resultados surpreendentemente melhores. Isso tem acontecido pois, atualmente, a população, não mais apenas das classes A e B, recebe muitas informações por vários meios de comunicação, promovendo uma propaganda que foge dos meios tradicionais e gera novas maneiras de interagir com o consumidor, provocando um efeito bem mais atrativo na visão das pessoas e, consequentemente, gerando mais resultados satisfatórios.

A intervenção urbana, composta por diversas ferramentas que mudam de acordo com o tempo, o espaço e também com os recursos e as intenções dos anunciantes, é uma alternativa criativa, interativa e que promove uma mídia espontânea entre os receptores. Esse modo inovador de fazer propaganda pode ter fins lucrativos ou ser utilizada somente com o propósito para promover a conscientização social, por exemplo, como também pode servir para fortalecer uma causa, fazer uma campanha mais eficaz e mudar completamente a paisagem urbana. 

Assim, o marketing de guerrilha é tido como um novo tipo de publicidade que se faz cada vez mais presente nas ruas da maior parte do mundo, e é considerado como uma mídia que garante mais destaque pra alguma marca ou causa social, justamente por fugir da tradição.

Exemplos de marketing intervencionista, utilizando os espaços públicos para promover uma ideia ou produto
Ousadia

O marketing de guerrilha gera uma repercussão muito ampla devido à sua ousadia. Hoje em dia, existem muitas possibilidades para expor um negócio, principalmente com a ascensão da internet e das redes sociais. Com isso, a empresa e/ou produto pode ser curtido ou compartilhado, porém é importante que a marca seja lembrada e apresente um diferencial, cujo marketing de guerrilha pode proporcionar, pois tudo que é inovador chama mais a atenção das pessoas. 

No entanto, esse tipo de marketing deve ser devidamente bem planejado e ser realizado com cautela, porque se for algo que invada muito o espaço urbano, pode incomodar as pessoas que se utilizam daquele espaço em sua rotina e então “o tiro sai pela culatra”. Um exemplo disso é o caso da Mattel, empresa que fabrica a Barbie, que pintou uma rua inteira de cor-de-rosa para promover a boneca. 

Logicamente, essa ação não obteve êxito, porque os moradores sentiram como se o seu espaço estivesse sido invadido, e isso causou irritação. Do contrário, se for feito de uma maneira inteligente e criativa, é um ótimo modo de fazer marketing/publicidade, pois atinge o público alvo, promove mais interação, causa impacto e gera o famoso e desejado boca-a-boca. Alguns exemplos disso são:

Paula Lopes, Priscilla Pinheiro e Ana Paula Oliveria,
alunas de Publicidade e Propaganda da UFC

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