Mídia, política e cultura é debate em GD

Estudantes apresentam grupo de discussão sobre política partidária

Grupo discute movimentos sociais e comunicação
A manhã de hoje (30), começou com a discussão sobre mídia, política e cultura, ministrada pelos alunos de jornalismo, Fernando Falcão, Isabelle Azevedo e Janaína Holanda, além da estudante de relações públicas, Camila Chaves. No início do debate, os estudantes apresentaram o seu grupo de discussão sobre política partidária, que teve origem com a pesquisa da professora Márcia Vidal e que trabalha a questão das comunidades e associações. O grupo discute também trabalhos produzidos por eles, como por exemplo, suas teses de monografias e dissertações. A maior parte das discussões é feita através da perspectiva filosófica. "É necessário fazer uma releitura da política tradicional, pegamos para estudo os filósofos mais tradicionais. Para nós, estudar política é estudar a formação dos movimentos, em geral e uma das abordagens principais é o MST", diz Isabelle.

O grupo estuda como esse movimento cresce e se fortalece nos dias de hoje, como e o que influencia sua organização. "É importante pontuar como se deu a forma de trabalhar o conceito político. Nós estamos repensando esses estudos. Abordamos a política vivida, que interfere na nossa prática diária, as comunidades e suas características, porém sem deixar totalmente de lado a política partidária", afirma Camila.

Outro tema de muita discussão foi sobre comunidades e sua série de interpretações, refletindo sobre viver ou estar em comunidade, os fatores que influenciam os organismos à estarem juntos e compartilhando dos mesmo interesses. Foram citados alguns autores e os seus diferentes contextos sobre o que seriam, de fato, as formas comunitárias. Foi ressaltado que essas formas estão em constante transformação, principalmente devido à globalização. A comunicação em massa, também foi citada e apontada como influência na formação dos membros comunitários, que normalmente ocorre por interesses em comum. "Quando pensamos em elementos em comum, se abre uma visão mais abrangente sobre o todo", ressalta Camila.

O papel da comunicação na aproximação dos atores sociais e os ideais comunitários também foi tema da discussão. Segundo Isabelle, as opiniões e sentimentos contribuem para formar grupos, cada um com suas particularidades. "A mídia, apesar de às vezes opressora e hegemônica, acaba por ser um meio que une e divulga os interesses em comum de muitas comunidades", argumenta a estudante. A questão das redes sociais e o seu papel nas discussões políticas também veio à tona. "Às vezes, as redes sociais pecam pelos seus excessos, mas eu ainda acredito na comunicação como um meio de movimentar e promover mobilização", comenta. Para Fernando Falcão, utilizar ferramentas para divulgar e comunicar é importante, contanto que a mobilização ultrapasse o meio virtual.


Ana Paula Oliveira,
estudante do 1º semestre de Publicidade e Propaganda da UFC

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