A transformação da relação dos meios de comunicação com um megaevento esportivo e a Copa do Mundo de 2014 no Brasil foram debatidos em GD

GD sobre cobertura midiátia e publicitárias durante Copas do Mundo
O grupo de discussão “Copa do Mundo no Brasil – Refletindo sobre 1950 e entendendo 2014” abriu o segundo dia da XXI Semana de Comunicação da UFC, na manhã desta terça-feira, no Audiovisual A. Liderado por João Ciro Saraiva de Oliveira Neto, estudante do 5º semestre de Publicidade e Propaganda da UFC e integrante do grupo de pesquisa Comunicação e Futebol (orientado pela professora Sílvia Belmino), o GD teve participação intensa dos presentes, fomentando a polêmica envolta no recebimento da Copa pelo Brasil. 

Imagens de meios de comunicação foram apresentadas por João Ciro para demonstrar o posicionamento da mídia durante a Copa do Mundo de 1950. Os jornais da época focaram na exaltação do patriotismo do povo e na ótima campanha da Seleção. O otimismo da imprensa era tamanho que notícias sobre a possível vitória brasileira na final diante do Uruguai foram redigidas antes do resultado final, que surpreendeu os prognósticos. Enquanto a publicidade brasileira, por sua vez, preferiu assuntos cotidianos a valorizar a Copa.

A relação entre os meios de comunicação e um megaevento, como a Copa do Mundo, mudou nesses 64 anos. Para João, em 1950, a mídia era mais voltada para ressaltar o desenvolvimento do País, as possibilidades que ele tinha a oferecer, tanto socialmente quanto politicamente, para brasileiros e para o resto do mundo. “Em 2014, a mídia é bem mais voltada pra publicidade, visando mais a questão do lucro. Ela busca mais ressaltar investimentos, coisas não tão ligadas ao futebol, em virtude da expectativa para a Seleção não ser tão boa, visando questões mais estruturais, a beleza dos estádios e esquecendo um pouco a questão social”, ressaltou o estudante.

Copa 2014

A discussão do grupo voltou-se para a Copa do Mundo de 2014, que divide opiniões a favor e contra. Esse debate se estendeu durante todo o encontro e contou com diversos argumentos dos alunos que compareceram ao GD. Benefícios, como o incentivo ao turismo e o aumento de oportunidades de emprego, e problemas, como o alto custo das obras e a remoção de pessoas de áreas valorizadas, foram lembrados.

Integrante do grupo de Comunicação e Futebol, Amanda Carvalho reconhece as dificuldades, mas apoia o Mundial em terras brasileiras: “Eu acho que vai trazer muitas melhorias, aqui no Ceará em si, que é o enfoque do nosso grupo. Mas tem toda uma questão por trás, a questão da desapropriação, a sua família foi criada ali, tem toda uma contextualização histórica com aquela região. Mas, na minha análise, tudo tende a ficar melhor”.

Messias Borges e Priscilla Pinheiro,
alunos de Jornalismo da UFC

0 comentários:

Postar um comentário

Compartilhar