“É uma progressão: pesquisa, mestrado, doutorado. É importante se ter essa consciência de pesquisa", afirmou Isabele Mitozo.

1º de novembro: primeiro dia do mês; último dia da SeCom 2012 da UFC. Encerrando as atividades da Semana de Comunicação, os participantes puderam compartilhar suas pesquisas científicas, mostrando o que está sendo produzido no âmbito acadêmico, na sala de aula e além de suas veredas. No Audiovisual C, estudantes de Comunicação expuseram trabalhos que tinham como temática Comunicação e Cibercultura.

A internet e os seus desdobramentos relacionais foram o eixo norteador das discussões. Questões como a construção dos relacionamentos via web, as identidades presentes no mundo digital, os riscos de invasão de privacidade, a usabilidade na internet foram debatidos. Com coordenação da mestranda em Comunicação, Isabele Mitozo, a cibercultura foi discutida a partir de olhares de jovens pesquisadores.

Trabalhos

Três trabalhos foram apresentados nessa Mostra Científica: “A Crescente Importância da Usabilidade como Fator Determinante para o sucesso de um empreendimento na Web, considerando-se o advento da Web 2.0”, de Gabriel Leite Ribeiro Alves e Everton da Silva Carvalho, “A Privacidade na Web pelo Viés do Caso Carolina Dieckmann”, de Taís de Andrade Lopes, Caroline Portiolli Rodrigues de Oliveira e Mikaela Brasil e “Anorexia na web: a construção dos relacionamentos na web a partir de um blog confessional”, de Ariane Santos Monteiro Oliveira.

Caroline Portiolli, estudante do 5º semestre do curso de Jornalismo da UFC, relatou que essa foi a primeira vez que apresentou um artigo. Para a aluna, escrever torna o pensamento palpável. “É interessante pesquisar e escrever. Foi uma experiência muito legal e eu pretendo produzir mais”, disse.

Gabriel Leite, estudante egresso do curso de Publicidade e Propaganda da UFC, confessou que esta foi a primeira vez que apresentou um trabalho em uma Mostra Científica, mas gostou da experiência, necessária à sua colação de grau. “Foi a primeira vez em treze semestres que apresentei um trabalho. Já colei grau, mas apresentei, pois precisava de dois créditos para me formar. Foi legal e interessante. A estrutura foi bem organizada, mas podia ter mais gente assistindo aos trabalhos”, comentou.

A mediadora da mostra, Isabele Mitozo, revela que sempre achou importante o investimento na pesquisa e que a universidade tem dado o necessário suporte às descobertas científicas. “É uma progressão: pesquisa, mestrado, doutorado. É importante se ter essa consciência de pesquisa. Achei os trabalhos apresentados muito bons, podem até ser levados a projetos de mestrado. Têm muito a crescer”, salientou.


Rebeka Lúcio,
aluna de Jornalismo da UFC

"O prédio, a rua, o muro, a arquitetura, tudo da cidade comunica o que viveu", afirma mestrando Tarcísio Martins

Mesa discutiu apropriação do espaço urbano
Na noite desta quarta-feira (31) ocorreu, no Auditório Rachel de Queiroz, uma mesa de discussão que abordou a rua como mídia e suas apropriações no espaço urbano. Para ministrá-la foram convidados Tarcísio Martins, mestrando em Comunicação, e Élcio Batista, doutorando em Sociologia. A mediação foi feita pela professora doutora Sílvia Belmino.

No debate, Tarcísio apresentou seu trabalho de mestrado. Nele, a cidade é defendida como espaço comunicativo e polifônico, pois se comunica através de meios e sons. "O prédio, a rua, o muro, a arquitetura, tudo da cidade comunica o que viveu", ressalta o mestrando.

Élcio Batista fundamentou seu discurso no antropólogo Roberto da Matta, contrastando os conceitos de mundo público e mundo privado. De acordo com o antropólogo, a política transforma objetos da cidade, criando ambiguidades e oposições.

O doutorando também disse que a cidade é um espaço físico de comunicação permanente. Para ele, a rua era conhecida como "espaço de ninguém". "Hoje ela sofre processos de apropriação", diz. Ele ainda acrescentou que o boato é a principal forma de comunicação das ruas.

Cuidado ao usar o espaço urbano

Eduardo Oliveira, estudante do 2º semestre de Publicidade e Propaganda da UFC, afirma que é importante discutir o assunto tanto entre o Jornalismo quanto a Publicidade. "Foi bom ver como algumas convenções criadas por pessoas que ocupam esses espaços se tornam estigmas ao longo das gerações", aponta.

Apropriar-se das ruas e fazer com que a cidade se mantenha em harmonia e igualdade não é uma tarefa fácil. É necessário cautela na hora de utilizar o espaço urbano, pois ao mesmo tempo em que as mensagens comunicam e levam informação às pessoas, elas acabam por regulá-las.

Ana Paula Oliveira
alunos de Jornalismo da UFC

Estudante de arquitetura comandou o espaço

Oficineiros aprendem noções básicas de Photoshop
A primeira parte do minicurso de introdução ao Adobe Photoshop ocorreu na tarde desta quarta-feira (31) no Laboratório de Informática A. O estudante de Arquitetura da Faculdade Integrada do Ceará (FIC) e especializado em Designer Gráfico, Ítalo Anderson, comandou uma turma de estudantes muito animada com a oficina.

Ítalo trabalha com arte digital e diz que ela contribui bastantes na sua carreira acadêmica. "Saber usar não só o Adobe, mas também outras ferramentas, foi fundamental para a confecção e conclusão dos meus trabalhos da faculdade", afirma o estudante.

Técnicas básicas foram ministradas por Ítalo e os participantes da oficina puderam aprender e tirar dúvidas sobre o programa que, aparentemente, é simples, mas requer um conhecimento bastante específico sobre sua plataforma para ser utilizado.

Fotos de pessoas e desenhos foram usados como exemplos para treinar as habilidades dos participantes da oficina. "Eu já faço curso de Photoshop, mas acho bastante interessante rever as técnicas, quando possível. Aperfeiçoar é sempre bom", diz a estudante do 1º semestre de Publicidade, Bruna Vasconcelos.

A conclusão do minicurso será no último dia da SeCom e os alunos estão muito empolgados com a oportunidade de adquiri novos conhecimentos à respeito do Adobe.

Ana Paula Oliveira,
aluna 1º  semestre de Publicidade e Propaganda da UFC

O espetáculo será apresentado às 17h, no Auditório Rachel de Queiroz

Ari Areia e Tavares Neto apresentam os esquetes  "Elucubrações" e "Comer, Querer, Ver"
Em Elucubrações, um Homem é tomado por um fluxo de pensamentos em minutos de elucubrações. A narrativa se constrói em cima de suposições vindas dessa enxurrada mental, que leva o espectador a erigir, também mentalmente, o que é proposto pelos questionamentos do Homem e logo em sequência a ver isso se desmanchar quando inicia outro raciocínio. De tudo o que é dito existe apenas uma certeza ao final: eu não sei.

Comer, Querer, Ver é um texto de Yuri Yamamoto com Ari Areia e Tavares Neto no elenco. No palco a visão, a paixão e o tesão em uma relação tão efêmera quanto um esquete.

Elucubrações
Às 17h, no Auditório Rachel de Queiroz (CH 2)


Nome Sobrenome

O Radiojornalismo na SeCom

A produção radiofônica é um dos destaques da cobertura da XXI SeCom 

Programa "Radiação" sendo gravado nos estúdios de rádio da UFC (Foto: Cláudio Lucas)
Nas ondas do Radiação, a equipe de Radiojornalismo da SeCom apresenta uma programação diversificada e com uma cara própria. “A ideia é preservar a identidade sonora do programa da última SeCom, mas tentando imprimir um pouco da cara de quem está entrando agora”, conta o estudante de Jornalismo William Santos.


Segundo a aluna de Jornalismo, Bárbara Danthéias, o desafio da cobertura dessa SeCom é a dificuldade que os alunos estão tendo para manusear os novos equipamentos, que recentemente a UFC disponibilizou no estúdio de rádio. “Mas está sendo uma experiência bacana. Todos estão tendo a oportunidade de aprender um pouco mais sobre o rádio”, conta.

O programa Radiação é disponibilizado no nosso blog e apresenta toda a cobertura da Semana de Comunicação, com notas e entrevistas especiais. Além disso, os dez alunos que fazem o Radiação mantêm uma coluna musical, que apresenta o melhor da música regional.

Ouça aqui as edições do Radiação:

Felipe Martins,
aluno do 5º semestre de Jornalismo

As apresentações de artigos continuam durante toda a tarde

A manhã desta quinta-feira (01), último dia da Semana de Comunicação, tomada por apresentações de trabalhos acadêmicos e artigos científicos. São sete divisões temáticas de trabalhos que ainda devem ser apresentadas ao longo da tarde.

Um dos trabalhos apresentados é o de Glória Guimarães e João Bosco de Oliveira, da Faculdade Maurício de Nassau. O artigo “O Sentimento de 'Lugar' em Tempos de Fluxo. Uma Reflexão Sobre o Aniquilamento do Espaço Pelo Tempo” discute como a tecnologia tem proporcionado uma nova relação entre o homem, o espaço e o tempo.

Por meio dos estudos de Marshal Mcluhan e Gilles Lipovetsky, os dois contaram uma história que tanto tem se repetido nos dias de hoje. A de mães que através do computador tornam a casa local de trabalho para poder dar conta de todas as tarefas do dia a dia. “Prova a ideia de que o uso da tecnologia promove uma mudança do espaço”, enfatizou Glória.

Felipe Martins,
aluno do 5º semestre de Jornalismo da UFC

"Marketing de Guerrilha" invade o espaço urbano

Desde a década de 70, o marketing intervencionista aparece como proposta alternativa de publicidade

Publicidade de guerrilha como proposta de intervenção
Comunicar de uma maneira diferenciada e captar a atenção do público de forma eficiente e impactante não é uma tarefa fácil. Por isso, algumas empresas remodelaram suas estratégias de marketing em busca de maior visibilidade e melhor posicionamento de mercado. 

Uma das táticas utilizadas é a intervenção urbana, também chamada de “marketing de guerrilha”, termo criado pelo norte-americano Jay Conrad Levinson na década de 70, quando a publicidade causava desconfiança no consumidor em relação à oferta de produtos. Para ele, o marketing de guerrilha seria um método diferente por se utilizar de meios e ações inusitadas a fim de alcançar o resultado almejado.

Avanço tecnológio e "bombaredeio" midiático

Desde as últimas décadas, a população tem sido bombardeada de propagandas por todos os lados. Com a evolução da tecnologia, as mídias se multiplicaram de tal maneira que é praticamente impossível uma pessoa passar um dia sem receber alguma influência publicitária, mesmo que, às vezes, não tenha a plena consciência. 

Depois, também, da grande demanda de revistas e jornais, era preciso criar uma nova mídia que trouxesse formas inovadoras de se comunicar. A função do marketing de guerrilha é a de fazer a propaganda se destacar de uma forma inusitada em uma mídia não convencional para não passar despercebida. Geralmente, essas propagandas são feitas nas ruas, com baixo custo econômico e alto poder de atração e impacto.

Menor custo com maiores resultados

Muitas empresas têm optado pelo marketing de guerrilha para fazer a publicidade da sua marca porque, além de ter um custo menor, é o que tem gerado resultados surpreendentemente melhores. Isso tem acontecido pois, atualmente, a população, não mais apenas das classes A e B, recebe muitas informações por vários meios de comunicação, promovendo uma propaganda que foge dos meios tradicionais e gera novas maneiras de interagir com o consumidor, provocando um efeito bem mais atrativo na visão das pessoas e, consequentemente, gerando mais resultados satisfatórios.

A intervenção urbana, composta por diversas ferramentas que mudam de acordo com o tempo, o espaço e também com os recursos e as intenções dos anunciantes, é uma alternativa criativa, interativa e que promove uma mídia espontânea entre os receptores. Esse modo inovador de fazer propaganda pode ter fins lucrativos ou ser utilizada somente com o propósito para promover a conscientização social, por exemplo, como também pode servir para fortalecer uma causa, fazer uma campanha mais eficaz e mudar completamente a paisagem urbana. 

Assim, o marketing de guerrilha é tido como um novo tipo de publicidade que se faz cada vez mais presente nas ruas da maior parte do mundo, e é considerado como uma mídia que garante mais destaque pra alguma marca ou causa social, justamente por fugir da tradição.

Exemplos de marketing intervencionista, utilizando os espaços públicos para promover uma ideia ou produto
Ousadia

O marketing de guerrilha gera uma repercussão muito ampla devido à sua ousadia. Hoje em dia, existem muitas possibilidades para expor um negócio, principalmente com a ascensão da internet e das redes sociais. Com isso, a empresa e/ou produto pode ser curtido ou compartilhado, porém é importante que a marca seja lembrada e apresente um diferencial, cujo marketing de guerrilha pode proporcionar, pois tudo que é inovador chama mais a atenção das pessoas. 

No entanto, esse tipo de marketing deve ser devidamente bem planejado e ser realizado com cautela, porque se for algo que invada muito o espaço urbano, pode incomodar as pessoas que se utilizam daquele espaço em sua rotina e então “o tiro sai pela culatra”. Um exemplo disso é o caso da Mattel, empresa que fabrica a Barbie, que pintou uma rua inteira de cor-de-rosa para promover a boneca. 

Logicamente, essa ação não obteve êxito, porque os moradores sentiram como se o seu espaço estivesse sido invadido, e isso causou irritação. Do contrário, se for feito de uma maneira inteligente e criativa, é um ótimo modo de fazer marketing/publicidade, pois atinge o público alvo, promove mais interação, causa impacto e gera o famoso e desejado boca-a-boca. Alguns exemplos disso são:

Paula Lopes, Priscilla Pinheiro e Ana Paula Oliveria,
alunas de Publicidade e Propaganda da UFC

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